Formação de estrelas e exoplanetas nas Imagens Astronômicas da Semana

Toda semana, no Programa Olhar Espacial, estudantes ligados a projetos astronômicos de todo o Brasil escolhem duas imagens que se destacaram na semana que passou. Esta semana, as escolhas foram feitas por integrantes de um projeto bem especial, desenvolvido na Cadeia Pública da cidade de Esperança, na Paraíba. Confiram:

Exoplanetas irmãos compartilhando a mesma órbita

[ Créditos: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO) /Balsalobre-Ruza ]

Antônio Ramos da Silva escolheu essa reveladora imagem obtida pelo Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), que mostra o jovem sistema planetário PDS 70, situado a quase 400 anos-luz de distância da Terra. Em torno da estrela no centro da imagem orbita o planeta PDS 70b e na mesma órbita os astrônomos detectaram uma nuvem de detritos que poderão formar um novo planeta ou que são os restos de um planeta já formado. O sistema planetário PDS 70 ainda está na fase inicial de sua constituição e por isso ainda apresenta um disco circumstelar de material, a partir do qual devem se formar novos planetas, como o PDS 70c, visto à direita, horas junto à borda interna do disco.

Original em: https://cdn.eso.org/images/large/eso2311a.jpg

Uma profunda visão da Grande Nebulosa de Órion

Já Fábio Alexandre da Costa Pereira escolheu esta visão profunda da Grande Nebulosa de Órion registrada pelo Very Large Telescope do Observatório Europeu do Sul, no Chile. A imagem contempla uma visão mais ampla do processo de formação de sistemas estelares. Dentro das nuvens escuras da Nebulosa, também chamada de Messier 42 ou M42, dezenas de estrelas em formação podem ser vistas graças à capacidade da câmera infravermelha HAWK-I de enxergar através da poeira cósmica e que faz desta, a mais profunda imagem da Nebulosa de Órion já registrada até o momento.

Original em: https://cdn.eso.org/images/large/eso1625a.jpg

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Quem escolheu

Tanto o Antônio quanto o Fábio são reeducandos do Projeto Esperança no Espaço, um projeto de ressocialização que envolve detentos da Cadeia Pública de Esperança na construção de telescópios. Além de ajudar a reduzir suas penas e reintroduzir esses detentos na sociedade, o projeto também garante uma finalidade social aos telescópios produzidos por eles. Até hoje o Esperança no Espaço já contemplou 8 escolas públicas com estes telescópios, e garantiu a cerca de 4000 estudantes da região a oportunidade de observar o espaço e seguir no caminho certo, no caminho da educação e da Ciência.