O Bluesky, rede social descentralizada iniciada por Jack Dorsey, ex-Twitter, está passando por uma surto de interesse de gente decepcionada com o Twitter.
O interesse pode ser medido por esta tentativa (fracassada; nem perca seu tempo) de distribuir convites no Órbita, o quarto conteúdo mais acessado do Manual nos últimos sete dias.
Embora seja descentralizada, o que significa que em algum momento qualquer pessoa será capaz de subir instâncias/servidores do Bluesky, por ora essa parte do código ainda não está disponível ao público (até onde sei) e existe apenas um servidor ativo, o dos desenvolvedores. Lá, o velho expediente do convite foi adotado para controlar o fluxo e facilitar análises iniciais de recursos e do comportamento da comunidade.
Talvez o lance dos convites também esteja influenciando a atenção recebida pelo Bluesky. Não podemos ver uma fila (ainda que digital), né?
No momento, o Bluesky lembra mais o Twitter de 2009 do que o Mastodon ou qualquer outra coisa. As promessas, porém, são interessantes. Destaco duas.
O sistema de identificação parece ser dissociado da instância/servidor, como é no Mastodon. No ActivityPub/Mastodon API, seu nome de usuário está atrelado ao da instância (algo como @nome@sitedainstancia.com); no Bluesky, ou melhor, no Protocolo AT, usa-se registros DNS de domínios. Por isso, já é possível ver muita gente na bsky.social, única instância de pé, com nomes de usuário atrelados a domínios.
Veja a diferença de um perfil “cru” (o meu), com a identificação atrelada ao servidor/instância, e um personalizado (o do Filipe):
Se o parágrafo anterior lhe soou grego, tudo bem. Mexer com domínios é algo um tanto mais complexo, mas garante mais controle e facilita migrações entre instâncias/servidores. De qualquer forma, é um detalhe que não interfere na experiência de quem só quer usar um Twitter menos tóxico.
A outra promessa recai na moderação. Os criadores do Blusky estão propondo um modelo que chamam de “composable moderation”. Não consegui encontrar uma tradução perfeita, mas seria algo como “moderação modular”, ou “moderação personalizável”.
Em termos práticos, a ideia é oferecer uma camada básica de moderação, que pegaria os casos flagrantes (abusos extremos, spam etc.), e permitir que camadas/filtros de moderação específicos fossem aplicados sobre a linha do tempo/feed.
Num cenário ideal, criaria-se um novo mercado com fornecedores de filtros de moderação para o Bluesky e, quem sabe, outras redes sociais. Por exemplo, uma agência de checagem poderia fornecer seu filtro; um jornal, outro; empresas de segurança digital, mais outro.
Essa visão foi apresentada em um post no blog oficial do Bluesky assinado pela CEO, Jay Graber.
Ainda é muito cedo para dizer se são ideias boas ou ruins. O que é seguro, no momento, é que são ideias novas, diferentes de tudo que existe por aí.
Para saber mais: minhas primeiras impressões do Bluesky, em março.
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Fonte: https://manualdousuario.net/
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