O que eu uso (2023)

Em 2022, mostrei as coisas que usava para fazer o Manual do Usuário. Foi uma tentativa de dar contexto a algumas escolhas editoriais — o que eu uso no meu dia a dia influencia muito do que é publicado aqui no site.

O objetivo é fazer esse raio-x todos os anos. Por isso, cá estamos em 2023 com a segunda edição.

Ela chega em um momento curioso: passei muitos anos com os mesmos equipamentos, mas calhou de em 2022 eu trocar um punhado deles.

Isso pode passar uma impressão equivocada, de que faço atualizações frequentes em hardware. Não é verdade. No pior cenário, levarei alguns anos para “provar” essa afirmação, depois que mais edições do raio-x com as mesmas coisas da deste ano estiverem no ar. Ou assim espero. Do futuro, quem sabe?

Como dito ano passado, “produtos e serviços de tecnologia” é uma definição muito ampla, por isso restringi os itens abaixo aos que, de alguma maneira, são usados para ou dialogam com o fazer do Manual. Coloquei as datas de aquisição, quando foi possível lembrá-las, [entre colchetes], e destaquei e detalhei algumas trocas, adições e remoções. Os links levam a materiais do Manual ou, na ausência desses, aos sites oficiais, e só são usados na primeira menção de cada aplicativo/serviço/produto.

  • Computador
  • Mobilidade
  • Serviços
  • Outros

Computador

Poucos dias antes do novo MacBook Air com chip M2 ser lançado, comprei um MacBook Air com chip M1, aquele do final de 2020 [jul/2022].

Fiquei um pouco frustrado pelo fim precoce do suporte da Apple ao meu velho notebook — o macOS 13 Ventura não foi disponibilizado para ele. Isso talvez tenha precipitado a troca.

Foto de cima de dois MacBooks fechados, apoiados em um suporte vertical na beirada da mesa.
Foto: Rodrigo Ghedin/Manual do Usuário.

O velho MacBook Pro (2015) [set/2015] ainda dava conta do recado. Os sinais da idade apareciam em momentos específicos, como quando abria muitos aplicativos ao mesmo tempo ou ao editar áudio e vídeo.

Por isso, embora no papel o salto em poder de processamento entre os dois computadores seja gigantesco, no dia a dia não senti tanta diferença. Esse poder se revela naqueles momentos em que o MacBook Pro pedia arrego. Não me arrependi da compra, mas… né, acho que criei muita expectativa.

Uma vantagem óbvia e perceptível é o fato do Air ter refrigeração passiva, o que significa que nunca mais ouvi ventoinhas girando freneticamente porque elas não existem aqui.

O MacBook Pro antigo foi reaproveitado como um servidor/máquina de testes com Linux. Está rodando Debian Testing e, embora esteja nos meus planos passar mais tempo usando ele, por ora seu uso está restrito ao Jellyfin, com um SSD Kingston de 240 GB pendurado. (Deu até vontade de instalar o Debian estável aqui e deixá-lo como servidor mesmo, apesar da subutilização do hardware.)

Neofetch do Debian Testing rodando no MacBook Pro (early 2015).
Print: Manual do Usuário.

A escassez de portas do MacBook Air e o fato de todos os meus acessórios ainda usarem a conexão USB-A me obrigou a comprar um hub para o novo MacBook Air. Optei pelo 5-em-1 “slim” da Ugreen [jul/2022]. Funciona muito bem.

Os periféricos continuam os mesmos: teclado Das Keyboard 4 Professional for Mac [dez/2018], mouse Logitech M90 [jan/2019] e monitor LG 27UL650 (27”, 4K) [out/2021].

De novo, apenas suportes (e vários deles; tinha esquecido do tanto que comprei):

  • Apoios para os pulsos de madeira (teclado) e espuma (mouse) [mar/2022].
  • Uma cestinha genérica, de plástico, para ajudar a esconder cabos no fundo da mesa [abr/2022].
  • Um apoio para pendurar os fones de ouvido [jun/2022].
  • Um para o monitor, fixo, modelo Plmsm01f da PCYES [set/2022]. Minha mesa é curta e a base original do monitor ocupava bastante espaço. Com essa, ganhei preciosos centímetros.
  • Um vertical para os notebooks (sim, no plural) da Ugreen [dez/2022].
Foto de cima da beirada da mesa, mostrando headset pendurado em um gancho, SSD e hub USB-C pendurados do lado e parte dos notebooks.
Este lado da mesa está meio caótico. Foto: Rodrigo Ghedin/Manual do Usuário.

A mesa ficou mais organizada1 e eu ganhei mais espaço. Ainda assim, pretendo trocá-la quando for possível. Esta que uso é pequena, simples, com um acabamento horrível. Foi comprada num momento em que trabalhava fora e quase não usava o computador em casa. Em outras palavras, é inadequada para uma rotina de trabalho.

Os penduricalhos seguem quase os mesmos: Yubikey 5 NFC [abr/2021] e pen drive Samsung BAR Plus de 128 GB [set/2021], que uso para backup de arquivos. Comprei um pequeno adaptador USB-A>USB-C da Ugreen [dez/2022] para quando estou longe da mesa. Antes dele, havia comprado um genérico barateza no shopping, daqueles de plástico, horrível — difícil de espetar e de remover. Não recomendo.

Pen drive <a href='https://meuspy.com/tag/Samsung-espiao'>Samsung</a> BAR, YubiKey 5 NFC e adaptador USB-C para USB-A da Ugreen sobre uma mesa.
Foto: Rodrigo Ghedin/Manual do Usuário.

O MacBook Air (M1) está atualizado, rodando o macOS 13.2 Ventura. Abaixo, a mesma lista do ano passado, dos aplicativos que uso no dia a dia fazendo o Manual. Comento as mudanças e novidades (em negrito) em seguida:

  • Navegador: Safari.
  • E-mail: Apple Mail.
  • Calendário: Apple Calendário.
  • Editor de texto: Editor de Texto (o Bloco de Notas do macOS).
  • Editor de código: Sublime Text.
  • Editor de imagens: Pixelmator Pro.
  • Editor de podcasts/áudio: Audacity e Forecast.
  • Gerenciador de senhas: MacPass.
  • Senhas OTP (2FA): Yubico Authenticator.
  • Planilhas eletrônicas: Apple Numbers.
  • Conexão remota: Cyberduck e SSH.
  • Backup e sincronia: iCloud, Syncthing, rsync e rclone.
  • Utilitários (em ordem alfabética):
    • Aware: cronômetro discreto para monitorar o tempo das sessões de uso do computador.
    • FiveNotes: bloquinho de anotações na menubar.
    • GrandPerspective: visão panorâmica dos arquivos em disco.
    • optipng e jpegoptim: otimização de imagens.
    • Maccy: gerenciador de área de transferência.
    • MonitorControl: controles para o monitor externo embutidos no sistema.
    • Mos: rolagem suave para o mouse.
    • NextDNS: DNS que bloqueia anúncios e rastreamento.
    • Rectangle: gerenciador de janelas.

Sai Firefox, entra Safari

Por mais que eu adore o Firefox, não tem jeito: no macOS, o Safari é irresistível. Ele é mais esperto, melhor integrado ao sistema e consome menos energia.

Pixelmator evolui para Pixelmator Pro

Aproveitei uma promoção de 50% de desconto e peguei o Pixelmator Pro. O antigo satisfazia minhas necessidades, mas ele parou de receber novidades com o lançamento do Pro, algumas bem legais como a “super resolução” (parece aqueles enlatados norte-americanos em que o detetive diz “Enhance!” e a imagem pixelada fica super nítida). Bônus: prefiro o leiaute em uma janela só do Pro em vez do espalhado em janelinhas do Pixelmator original.

Sai o KeePassXC, entra o MacPass

Em 2022, o MacPass tornou-se compatível com versões recentes, pós-Big Sur, do macOS. Gosto dele por ser melhor integrado ao sistema, apesar de ter menos recursos que o KeePassXC. (Ambos abrem os mesmos tipos de cofres; no meu caso, *.kdbx.)

Sai o WireGuard, entra o SSH

Usava o WireGuard para conectar-me ao servidor onde o Manual estava hospedado. Com a migração para a Teramundi, ele tornou-se desnecessário e integrei o SSH, um protocolo de acesso remoto por linha de comando, à minha rotina. (Também uso SSH, e bastante, para acessar o Debian Testing no MacBook Pro.)

Sai o Tyke, entra o FiveNotes

Quando o MacBook Air chegou, tentei mantê-lo apenas com aplicativos desenvolvidos para os chips da Apple. O Tyke, espécie de bloquinho de notas na menubar que usava havia anos, é um “abandonware”, ou seja, não é mais atualizado. Fiquei surpreso ao descobrir a infinidade de alternativas do tipo que existem. Das que encontrei, o FiveNotes pareceu-me a melhor, e com vantagens substanciais sobre o Tyke: atalho global para abrir/fechar a anotação e salvamento do conteúdo entre sessões (posso reiniciar ou desligar o computador e as notas permanecerão ali na próxima vez que ligá-lo).

Sai o ImgOptim, entram optipng e jpegoptim

Mesmo caso do Tyke/FiveNotes. O ImgOptim é ótimo, mas parou no tempo. Aí encontrei aplicativos de linha de comando para otimizar imagens.

Sai o Pi-Hole, entra o NextDNS

O Pi-Hole estava causando alguns problemas domésticos. Além disso, suspeito que meu Raspberry Pi (ou os cartões microSD que usava nele) tem alguma falha, porque o sistema corrompia com uma frequência enervante e que não tem se repetido com o Debian Testing no MacBook Pro.

O NextDNS é uma espécie de Pi-Hole na nuvem. Menos flexível, mas mais confiável e fácil de usar. Mesmo com três dispositivos, não tenho passado do teto do plano gratuito (300 mil requisições por mês).

↑ Voltar ao menu

Mobilidade

Foto de cima de um iPhone SE na beirada da mesa, com o chão de taco à mostra e folhas de uma planta na mesa em primeiro plano, desfocadas.
Foto: Rodrigo Ghedin/Manual do Usuário.

Troquei o velho iPhone 8 por um iPhone SE de terceira geração [jul/2022]. A bateria do antigo estava bastante degradada e, nessa, optei por pegar um novo e passar o antigo a um familiar (que trocou a bateria e segue usando ele).

Continuo com apenas uma página de aplicativos e confiando na biblioteca de apps e na pesquisa para abrir aqueles menos usados. Ainda tenho um widget, mas um diferente: quatro atalhos para ações rápidas, como registrar o consumo de água e ativar o acompanhamento de leitura pelo app Leio.

Os aplicativos fixos na tela inicial são os seguintes:

  • Uber.
  • Google Maps.
  • Moovit. Mantenho esses três, de mobilidade, sempre à mão porque quando preciso deles, preciso com urgência — num ponto de ônibus, saindo de um lugar para pegar uma carona ou conferir onde estou.
  • Fotos.
  • Calendário. Voltou a ser só um ícone, sem widget.
  • Lembretes.
  • Overcast (podcast).
  • Instapaper. Migrei do Pocket para o Instapaper para poder compartilhar algumas leituras que faço em redes sociais. Uso o IFTTT para essa integração. Veja meu perfil (RSS).
  • NetNewsWire.
  • Ivory.

Note que há três aplicativos com uma bolinha amarela ao lado. São versões de testes, ainda não lançadas na App Store. Stops é um aplicativo de câmera que gera um efeito de ruído nas fotos, e Mamoth é outro aplicativo de Mastodon em que estou dando uma olhada. Provavelmente eles não ficarão ali por muito tempo.

E na fileira de baixo:

  • Simplenote. Uso para anotações rápidas no celular e no iPad. A simplicidade e sincronização são excelentes.
  • Apple Music. Ou o streaming da vez. Pensando em trocar já.
  • Signal.
  • Safari.

Dos aplicativos em destaque em 2022, troquei o Tidal pelo Apple Music, o Pretext pelo Simplenote e o Firefox pelo Safari, e parei de usar o Pocket Expense (agora registro meus gastos em uma planilha, apenas no computador). Os demais ainda uso, mas não ficam mais na tela inicial.

Quanto aos acessórios, nada de novo: os EarPods do antigo iPhone 8 [dez/2017], que vieram na caixa do celular e mantive comigo, e uma bateria externa da Samsung de 2.600 mAh, modelo EB-PA500UFP [ago/2017], agora tirada da gaveta apenas em viagens.

Foto de cima de um iPad Pro de 9,7 polegadas, sobre uma mesa com um jogo americano marrom embaixo e parte de uma cadeira rosa ao fundo.
Foto: Rodrigo Ghedin/Manual do Usuário.

O velho iPad Pro original, de 9,7” [ago/2017], segue firme e mais ou menos forte. Ele começou a apresentar um comportamento chato, de drenar a bateria quando em modo repouso, o que tem me obrigado a ligar o modo avião quando não está em uso. É algo… intrigante, porque só acontece na rede de casa. E chato. Já perdi as esperanças disso ser solucionado.

O iPad segue sendo usado para leituras, principalmente no começo da manhã. Os aplicativos mais usados e importantes no contexto do Manual, no celular e no iPad, são (mudanças em negrito):

  • Navegador: Safari.
  • E-mail: Apple Mail.
  • RSS: NetNewsWire.
  • Favoritos e ler depois: Instapaper.
  • Gerenciador de senhas: KeePassium.
  • Senhas OTM (2FA): Yubico Authenticator.
  • Sincronia: Arquivos/iCloud.
  • Conexão com câmera: Camrote.

Vários aplicativos dançaram no último ano. Parei de usar o Pinboard, daí a saída do Pins; passei a acessar o Hacker News direto do navegador e via e-mail (com o Mailbrew); parei de usar o Syncthing com dispositivos móveis, por isso não preciso mais do Möbius Sync; e deixamos de usar o Basecamp para organizar os podcasts da casa (agora estamos no e-mail e Telegram).

↑ Voltar ao menu

Serviços

Aqui não constam serviços do Manual do Usuário. Esses pretendo descrever em um post futuro no blog Bastidores. Os serviços abaixo são aqueles que uso e que, de alguma forma, dialogam com o site.

  • Para RSS, continuo com o Feedly. Digo, uso, mas não uso, porque ele acaba sendo só o “backend”, ou o motor que atualiza e sincroniza minhas inscrições. Em todos os dispositivos, leio os feeds pelo ótimo NetNewsWire.
  • O e-mail do Manual é um plano gratuito bem generoso (e infelizmente extinto) do Zoho.
  • Troquei o Pinboard por uma mistura de Instapaper e Simplenote, onde mantenho uma notinha fixada para colocar links interessantes que podem virar uma notinha ou acabarem na newsletter de links legais do sábado. O Instapaper é mais para leituras longas/ler depois.
  • Troquei o “backend” do backup na nuvem, do Backblaze B2 para o Dropbox (plano gratuito com 30 GB de espaço). Ainda uso o rclone para isso, só que agora criptografo o backup localmente, com o rclone. (No Backblaze, a criptografia era feita na nuvem pelo Backblaze.)
  • Minha conexão à internet ainda é a da Vivo, do tipo FTTH (fibra ótica), com 200 Mb/s de download e 100 Mb/s de upload. Meu celular tem um chip da Vivo, com um plano Controle de 3 GB e mais um punhado de bonificações que, no fim, rendem uma franquia mensal de 20 GB. (Não pergunte, nem eu sei o porquê disso.)

↑ Voltar ao menu

Outros

Guia Prático, entrevistas e tudo mais que precisa da minha voz, exceto vídeos, são gravados com um headset Lifechat LX-3000, da Microsoft. Fica feio em vídeos e pode ser desconfortável de usar por longos períodos, mas a qualidade do áudio, tanto do microfone quanto dos fones, é ótima. Não lembro quando comprei, mas foi há mais de cinco anos.

Fotos e vídeos originais do site são feitos ou com o iPhone SE, ou com uma câmera fotográfica Sony RX-100 V [mai/2021]. (Todas as fotos deste post foram feitas com a câmera da Sony.) O microfone de lapela, que uso nos raros vídeos em que apareço, é um Boya BY-M1 [mar/2021].

  1. Em resposta às críticas construtivas que recebi pelos cabos expostos e uso do papel de parede padrão do macOS, esforcei-me para esconder melhor os cabos e troquei o papel de parede por este aqui da Cátia Matos. ↩

rastreador de namorado grátis


Fonte: https://manualdousuario.net/
O que eu uso (2023) O que eu uso (2023) Reviewed by MeuSPY on fevereiro 10, 2023 Rating: 5

Nenhum comentário:

Antes de deixar um comentário, acesse o site meuspy.com e veja como é fácil espionar celulares.

Tecnologia do Blogger.