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O objetivo do Project Zero é tornar a internet mais segura, de acordo com o Google. Assim, quando descobrem uma falha de segurança, os analistas do Project Zero notificam a organização responsável pelo serviço ou software vulnerável e dão um prazo de 90 dias antes de os detalhes sobre o problema serem liberados publicamente.
Correções para Linux em 25 dias, a menor média
A maioria das organizações notificadas respeita esse prazo. Mas é claro que, quanto antes a solução for apresentada, melhor. Com relação a esse ponto, os desenvolvedores do kernel Linux foram examplares.
No período entre janeiro de 2019 e dezembro de 2021, eles corrigiram 96% dos problemas dentro de 90 dias e, em média, levaram 25 dias para apresentar as soluções. O próprio Google e a Mozilla aparecem na sequência com médias de 44 e 46 dias, respectivamente.
No ranking do Project Zero, a Microsoft surge na penúltima posição, com uma média de 83 dias. Mas é importante levar em conta que companhia é uma das que tiveram mais bugs reportados: ao todo, 80 entre 2019 e 2021, com 61 deles sendo solucionados dentro de 90 dias (o Linux registrou 25 vulnerabilidades no período).
Ainda sobre a Microsoft, os analistas do Project Zero explicam que o tempo médio longo de correção pode ter relação com o fato de a empresa liberar muitas de suas atualizações dentro do cronograma do Patch Tuesday, quando um pacote de updates de segurança é disponibilizado na segunda terça-feira de cada mês.
Em quantidade de bugs, a Apple foi a campeã, com 84 falhas reportadas, das quais 73 foram corrigidas dentro do prazo de 90 dias. Em média, a companhia de Cupertino gastou 69 dias para providenciar as correções.
Na última posição do ranking está a Oracle, que teve apenas sete falhas reportadas, mas corrigiu apenas três dentro do prazo de 90 dias. A companhia registrou uma média de 109 dias para corrigir os problemas.
Total de bugs | Corrigidos em 90 dias | Corrigidos na carência | Prazo excedido | Média de dias | |
Apple | 84 | 73 (87%) | 7 (8%) | 4 (5%) | 69 |
Microsoft | 80 | 61 (76%) | 15 (19%) | 4 (5%) | 83 |
56 | 53 (95%) | 2 (4%) | 1 (2%) | 44 | |
Linux | 25 | 24 (96%) | 0 (0%) | 1 (4%) | 25 |
Adobe | 19 | 15 (79%) | 4 (21%) | 0 (0%) | 65 |
Mozilla | 10 | 9 (90%) | 1 (10%) | 0 (0%) | 46 |
Samsung | 10 | 8 (80%) | 2 (20%) | 0 (0%) | 72 |
Oracle | 7 | 3 (43%) | 0 (0%) | 4 (57%) | 109 |
Outros | 55 | 48 (87%) | 3 (5%) | 4 (7%) | 44 |
Total | 346 | 294 (84%) | 34 (10%) | 18 (5%) | 61 |
Chrome é o navegador que teve mais bugs
O Project Zero considera softwares de vários tipos, mas há uma preocupação especial com navegadores. Pois bem, o relatório aponta que o Chrome é o browser que mais teve bugs reportados no período entre 2019 e 2021: 40. Em compensação, o tempo médio para as correções serem apresentadas pelo Google foi de apenas 30 dias.
O WebKit (motor do Safari) aparece na sequência com 27 bugs reportados e tempo médio de correção de 73 dias.
A situação mais confortável é a do Firefox, que teve apenas oito bugs reportados e média de 38 dias para a apresentação das soluções.
Tempo médio de correção vem melhorando
Uma constatação importante feita pelos analistas do Project Zero é a de que o tempo médio para as organizações apresentarem soluções para as vulnerabilidades reportadas vem caindo. Em 2021, essa medida ficou em 52 dias, contra a média de 80 dias registrada em 2018.
Outra percepção positiva é a de que o número de bugs não corrigidos dentro do prazo caiu. Ainda nesse sentido, o Google observa que apenas 14% das falhas foram corrigidas dentro da carência (um período adicional de 14 dias após o prazo de 90 dias que pode ser dado se o desenvolvedor confirmar que a correção está a caminho).
O relatório completo está disponível no blog do Project Zero.
Comunidade Linux é a mais rápida em corrigir bugs reportados, aponta Google
telefone bruno espiao
Fonte: https://tecnoblog.net/noticias/2022/02/21/comunidade-linux-e-a-mais-rapida-em-corrigir-bugs-reportados-aponta-google/
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