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Hackers promovem criptomoedas e vendem canais
Uma nota do Grupo de Análise de Ameaças do Google divulgada na quarta-feira (20) explicou sobre a onda de ataques hackers contra canais do YouTube.
Alguns brasileiros já foram alvo dessas invasões: o canal Loop Infinito, que mais de 1 milhão de inscritos, foi hackeado no mês passado. Nesse caso, a conta que invadiu a página era do Tucomenistão. Sob controle da conta Google ligada ao canal, o hacker promoveu lives divulgando a criptomoeda ethereum. O mesmo aconteceu com o canal de YouTube e Twitter do DJ Alok, por onde o invasor promoveu uma transmissão ao vivo com NFTs.
De acordo com o Google, a divulgação de criptomoedas pelos invasores é uma tendência nos ataques aos youtubers. Quando não há a promoção de moedas digitais, o canal corre o risco de ser vendido em um leilão paralelo realizado pelo invasor.
Maioria dos hackers era recrutada em fórum russo
A maioria dos invasores recrutados para roubar canais do YouTube vêm de um fórum russo na internet. A principal tática usada é atrair a vítima para uma suposta colaboração em seu canal — como oportunidades de patrocínio — e, então, o hacker sequestra a página do youtuber.
A maioria oferece parcerias para os youtubers testarem anti-virus, VPNs, tocadores de música, softwares de edição de foto ou jogos online.
À medida que a maioria dos softwares do Google foram podando a ação dos hackers, os invasores foram utilizando-se cada vez mais de táticas de engenharia social: são landing pages ou contas de redes sociais usadas para infectar o computador da vítima com o malware. Além disso, os golpistas também recorrem a táticas mais convencionais, como o phishing por e-mail.
O Google identificou cerca de 1.011 domínios criados para espalhar malwares para youtubers. Aproximadamente 15 mil contas foram criadas para a campanha de golpes de phishing via e-mail, com links para arquivos de Google Drive e PDF.
Golpistas migraram para WhatsApp e Telegram, diz Google
Como o Google detecta e marca e-mails com links suspeitos de phishing, a empresa conta que os hacker migraram para mensageiros privados para continuar a aplicar os golpes, como WhatsApp, Telegram or Discord.
Sobre os malwares usados pelos hackers para invadir canais do YouTube, o Google conta que cada ferramenta rouba os cookies dos navegadores das vítimas. Em seguida, o histórico de navegação é baixado pelo invasor. O problema da maioria desses malwares é que eles são executados silenciosamente, sem que o usuário saiba.
“A maioria dos malwares era capaz de roubar tanto a senha quanto os cookies. Algumas amostras tinha táticas de anti-sandboxing, incluindo mega arquivos, anexos criptografados e máscaras de IP”, disse Ashley Shen, engenheira do Google.
À maioria dos hackers era prometida uma recompensa de 25% a 70% da receita obtida pela venda do canal ou com live de criptomoedas. O Google fez uma tabela sobre os requisitos de cada proposta feita pelos hackers:
Patrocínio barato | Patrocínio caro | |
Descrição do trabalho | Registrar uma nova conta no Gmail Enviar a conta registrada para o invasor Usar engenharia social para fazer a vítima baixar o malware | Procurar e coletar o e-mail de contato do canal no YouTube Registrar uma nova conta no Gmail Enviar a conta registrada ao invasor Preparar e enviar os e-mails personalizados de phishing para as vítimas Usar engenharia social para fazer alvo baixar o malware “E tudo mais além disso” |
Compartilhamento da receita | 25% da receita do canal de YouTube sequestrado | 70% da receita do canal de YouTube sequestrado |
Segundo o Google, a venda de canais de YouTube sequestrados poderia render um lucro de até US$ 4 mil. Para canais menores, a compra poderia render apenas US$ 30. Quanto maior o número de inscritos do canal, maior o preço.
Além de compartilhar as informações com o público, a empresa afirma ter encaminhado o relatório com o FBI para uma investigação adicional sobre o tema.
Com informações: Google
Google alerta para phishing no YouTube e venda de canais sequestrados
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Fonte: https://tecnoblog.net/522664/google-alerta-para-phishing-no-youtube-e-venda-de-canais-sequestrados/
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