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“O lago fica tão quente que parece que você está em uma banheira”, disse a moradora local Abi Buddington à NBC News. Ela vive nos arredores de uma usina elétrica que está sendo usada para alimentar pelo menos 8 mil máquinas de mineração de bitcoin que operam 24 horas por dia no local. A instalação movida a queima de gás natural utiliza a água do lago para resfriamento, e então a descarrega de volta quente ao Seneca.
Usina despeja água de até 42 °C no lago Seneca
Trata-se da usina Greenidge, que agora está sendo monitorada pelo Departamento de Conservação Ambiental do estado de Nova York. Segundo a apuração da NBC, a instalação possui as devidas autorizações para puxar até 139 milhões galões de água do Seneca e despejar outros 135 milhões de volta. A temperatura da água aquecida supera os 42 °C no verão.
O local, que antes era uma usina movida a carvão, foi comprado pela Atlas Holdings em 2014 para então ser transformado em uma usina elétrica a gás natural em 2017, operada pela Greenidge Generation. Porém, a instalação privada de energia só era ativada ocasionalmente para ajudar no fornecimento à rede elétrica local em períodos de alta demanda.
A história muda em 2019, quando as primeiras máquinas de mineração de bitcoin foram instaladas pela Greenidge Generation para dar um destino à energia excedente e lucrar ao mesmo tempo.
Segundo documentos obtidos pela NBC, a instalação já possui pelo menos 8 mil máquinas de mineração de bitcoin operando. Porém, a Greenidge planeja aumentar sua capacidade de extração da criptomoeda até dezembro, indicando a chegada de mais computadores e consequentemente uma alta no consumo de energia.
Emissões de carbono também geram preocupação
A usina não está afetando somente o lago Seneca, que sempre foi um popular destino de pesca, nado e lazer na região. A emissão de gases poluentes também é outra reclamação dos moradores locais e uma preocupação para os políticos. No mês passado, a senadora Elizabeth Warren sugeriu uma investida contra mineradores para ajudar a combater a poluição atmosférica.
Judith Enck, uma ex-administradora regional da Agência de Proteção Ambiental, disse que Nova York não alcançará suas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa se Greenidge continuar a minerar bitcoin.
Jeff Kirt, O CEO da Greenidge, disse à NBC que os impactos ambientais da usina “nunca foram menores” e que a instalação está operando dentro de todas as normas de sua licença ambiental. Além disso, a empresa afirmou que pretende tornar suas atividades neutras em carbono ao comprar créditos para compensar pelas emissões. Porém, o ecossistema da região do lago Seneca continuará sendo afetado.
Uma das autorizações ambientais de Greenidge deverá ser renovada em setembro. Mandy DeRoche, vice-procuradora do programa de carvão da organização ambiental Earth Justice, disse à NBC que irá solicitar ao Departamento de Conservação Ambiental que analise com mais atenção o caso antes de simplesmente renovar a licença da usina.
Com informações: NBC News
Mineração de bitcoin transforma lago glacial de NY em “banheira quente”
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Fonte: https://tecnoblog.net/458814/mineracao-de-bitcoin-transforma-lago-glacial-de-ny-em-banheira-quente/
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