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Golpes por mensagens ou ligações atingem 43%
O estudo da Febraban, elaborado em conjunto com o Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas), tem o objetivo de avaliar como medidas de segurança relacionadas a contas resistiram à pandemia, período que registrou aumento nos crimes digitais.
Foram coletadas respostas de 3 mil brasileiros das cinco regiões do país, entre os dias 18 e 25 de junho. Segundo 9 em cada 10 entrevistados, crimes envolvendo dados e segurança cibernética aumentaram durante a pandemia de COVID-19.
Nos últimos 5 anos, brasileiros tiveram familiares, amigos e pessoas próximas que caíram em golpes do tipo. De acordo com o estudo, 43% foi vítima de mensagens ou ligações telefônicas feitas por criminosos solicitando dados sigilosos para desbloquear contas bancárias.
Armações que envolviam depósitos ou transferências para amigos ou parentes atingiram um terço dos brasileiros (34%). Além dessa modalidade de golpe, 29% disseram que foram vítimas de compras indevidas usando cartão de débito ou crédito, e 18% tiveram contas de e-mail ou redes sociais invadidas — mesma porcentagem dos que tiveram seu número de WhatsApp clonado por criminosos. Recentemente, autoridades alertaram para o golpe do Pix Agendado para fisgar dados.
Golpes pela internet assustam a maioria dos brasileiros — 81% dizem temer ser vítima desse tipo de crime. Embora empresas brasileiras tenham se adaptado para cumprir com leis como a LGPD, que exige proteção de dados de clientes online, um terço afirma estar mais inseguro hoje em relação às informações que compartilham online do que há 5 anos — 54% esperam melhoras para os próximos 5.
Fornecer dados é mais arriscado para 56%
Mas os golpes digitais geram uma má impressão de serviços online: para 56% dos entrevistados, os riscos de entregar dados não compensam os benefícios oferecidos por empresas. Apenas 12% se sentem avantajados por oferecerem informações em cadastros.
A Febraban também perguntou aos brasileiros sobre qual atividade oferece maiores riscos que resultem em vazamento de dados. Para 35%, o maior perigo são as compras online, enquanto 33% afirmam que suas informações vazam durante uma simples busca na web.
Leis que garantem a proteção do consumidor online são vistas como brandas por brasileiros. Metade afirma que a legislação atual sobre salvaguarda de dados são pouco eficientes, enquanto 16% dizem que são totalmente ineficientes.
Confiança em empresas privadas é maior que no governo
A credibilidade do titular de dados no Governo Federal também é mista: 48% dizem não confiar na entidade com o tratamento de suas informações — mesmo percentual de quem não confia nos governos estaduais. O grau de desconfiança nas prefeituras é menor: 46%.
Sobre o setor privado, 7 em cada 10 brasileiros afirma que confia em empresas para administrar seus dados de forma segura — a pesquisa aponta que essa confiança cresceu 42% em na comparação ano a ano com 2020
A percepção de que crimes cibernéticos estão acontecendo com maior frequência não se limita às pesquisas de opinião. A Febreban apontou em um relatório divulgado no primeiro semestre que os golpes de phishing, em que criminosos armam iscas em mensagens para roubar dados, dobrou. Neste ano, as armações de golpistas que se passam por bancos ou agentes financeiros aumentou em 340% em comparação com 2020.
O presidente da Febraban, Isaac Sidney, diz que a pesquisa ressalta como os brasileiros estão cada vez mais vigilantes em relação ao uso de seus próprios dados:
“Segurança digital é um tema que a sociedade precisa encarar de frente e já está fazendo, pois diariamente esses crimes afetam pessoas e empresas, ganham espaço no noticiário econômico, político e policial envolvendo não só o cidadão, mas também grandes corporações e instituições públicas e privadas. Um bom indicador da pesquisa é que o brasileiro está atento, sobretudo quanto ao uso que as empresas privadas fazem dos seus dados pessoais.”
O presidente do Conselho de Ciências do IPESP, Antonio Lavareda, destaca como resultado animador a confiança dos brasileiros nas empresas que tratam dados, apesar de uma suspeição de quase metade da população sobre os benefícios que isto traz, considerando os riscos.
Fraude em ligações e no uso de cartões são principais golpes na pandemia
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Fonte: https://tecnoblog.net/456507/20-anos-de-ipod-como-ele-mudou-a-apple-e-a-musica/
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