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Vale lembrar que tanto injúria racial quanto transfobia violam não só os códigos de conduta dos jogos, como também o Código Penal brasileiro. Em casos como esses, é importante usar as ferramentas de denúncia dentro e fora dos games sempre que situações como essas acontecerem.
Hastad fez comentário racista em live de Valorant
O caso do banimento de Hernan “hastad” aconteceu em 17 de junho, quando o usuário @caiquelps postou, no Twitter, um vídeo no qual Hastad usava a palavra “preto” para ofender um parceiro de equipe durante uma partida de Valorant. Na ocasião, o jogador cometeu racismo durante uma live na Twitch.
O vídeo viralizou rapidamente nas redes sociais e logo chegou a nomes famosos dos esports, como Rafael “Rakin”, que baniu Hastad e a organização na qual ele fazia parte — a Slick — da próxima edição da Copa Rakin.
ate mais rapaziada, e pra vcs ai fã do hastad que tao falando que eu sou isso e aquilo toma isso pra voces pic.twitter.com/6wDysAAuKv
— MecRJ (@caiquelps) June 17, 2021
Hastad ainda perdeu os contratos com patrocinadores, como a ExitLag e a Redragon. A Slick também suspendeu o jogador “de qualquer envolvimento com a organização por prazo indeterminado”. Além disso, a equipe ofereceu apoio psicológico profissional ao streamer.
A Twitch, mesmo não se pronunciando publicamente, baniu Hastad da plataforma, em 18 de junho. Até o momento, o streamer segue com o canal desativado. Antes, ele já havia sido suspenso duas vezes por outras infrações, mas recuperou a conta após sete dias em ambos os casos.
Buxexa e Racha foram transfóbicos em live de Free Fire
Streamer de Free Fire, Pedro “Buxexa” cometeu transfobia durante uma live, no dia 19 de junho. Na ocasião, o jogador se referiu à influenciadora Marcella Pantaleão como “mulher de três pernas” e disse que ela “era um homem”.
Em um vídeo postado no Twitter pela conta @babblerfreefire, Buxexa e Welington “Racha” aparecem fazendo os comentários transfóbicos enquanto debocham de Bruno “Nobru”, por ele ter curtido uma foto de Marcella, que é transexual.
Uma conta de fãs da Marcella Pantaleão, uma influencer, postou um vídeo que em live o Buxexa e o Racha zoam o Nobru por ter comentado em uma publicação da influenciadora, os mesmos riem e citam a moça, que é trans, como "mulher de três pernas" e dizem que "é um homem". pic.twitter.com/EePY610Zpx
— Babbler Free Fire (@babblerfreefire) June 20, 2021
Nas redes sociais, tanto Buxexa quanto Racha postaram pedidos de desculpas. Já Marcella publicou um vídeo no qual, chorando, disse que iria buscar a Justiça para resolver o caso. Enquanto isso, Nobru também chorou em um vídeo, mas por outro motivo: ele assumiu a culpa pelos comentários transfóbicos de Buxexa e Racha.
“Isso tudo é culpa minha. Não consigo nem falar, sei que o que eles [Buxexa e Racha] fizeram foi errado, mas eu gosto muito deles. Eles são pessoas de coração bom”, comentou Nobru.
Logo após o vídeo da denúncia ser publicado, a organização Fluxo comunicou que havia cancelado o contrato de Buxexa com a equipe de Free Fire. A Garena também se posicionou, banindo Buxexa e Racha da plataforma de streaming BOOYAH! e do programa de influenciadores da empresa.
Danilo Avelar cometeu racismo em CS:GO
O caso mais recente envolveu o ex-jogador de futebol do Corinthians, Danilo Avelar. No dia 22 de junho, o atleta estava jogando Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO) e chamou outra pessoa na partida de “fih (filho) de rapariga preta”.
No Twitter, o usuário @obdfps postou uma print do chat do jogo com o comentário de Avelar, que usava o apelido “D.A35” no game. Depois disso, o atleta assumiu a autoria da fala racista e se desculpou pelo ocorrido. Ele ainda alegou ter ofendido o outro jogador por supostamente ter sido alvo de comentários xenofóbicos antes.
O ato racista de Avelar resultou no banimento dele da plataforma de matchmaking Coliseum.gg. Em comunicado, o site disse repudiar “veementemente esse tipo de pensamento e conduta”. Além disso, o Corinthians decidiu encerrar o contrato de Avelar com o clube.
Com informações: The Enemy, Globo Esporte.
Casos de racismo e transfobia em esports marcam o mês de junho
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Fonte: https://tecnoblog.net/456565/casos-de-racismo-e-transfobia-em-esports-marcam-o-mes-de-junho/
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