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A remoção do vídeo foi identificada pela Novelo Data, empresa que monitora a atuação do YouTube, e confirmada por UOL Tilt e O Globo. A decisão envolve uma das lives semanais do canal de Bolsonaro, publicada em 14 de janeiro de 2021. De acordo com a plataforma, o conteúdo foi removido por violar sua política de informação incorreta sobre a COVID-19.
A política foi atualizada na sexta-feira (16) para impedir vídeos que incentivam o uso de medicamentos como ivermectina e hidroxicloroquina. A comunidade científica indicou diversas vezes que estes medicamentos não têm eficácia contra COVID-19.
No vídeo, Bolsonaro estimulou, com o então ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, o uso desses medicamentos. O presidente comparou a ivermectina, a hidroxicloroquina e outros, que não têm eficácia contra a COVID-19, com os relatos sobre uso de água de coco no lugar de sangue em transfusões realizadas durante a Guerra do Pacífico.
“É a mesma coisa o tratamento precoce da COVID-19 com hidroxicloroquina, ivermectina, a tal da Annita, mais azitromicina, mais vitamina D. E não faz mal isso aí. E, se lá para a frente for comprovado que não faz surtir efeito, o que não vai acontecer porque, repito, neste prédio que eu estou aqui, mais de duzentas pessoas contraíram COVID, foram tratadas precocemente e nenhuma foi para o hospital”, disse Bolsonaro, durante a live, sem apresentar evidências.
O YouTube tirou o vídeo do ar (ele segue disponível no Facebook) e, agora, quem acessa o link vê um aviso de que o conteúdo foi removido por “violar as diretrizes da comunidade”. No entanto, a agência Ansa indica que as lives de 9 de julho de 2020, 10 de dezembro de 2020 e 15 de abril de 2021, em que Bolsonaro também promove o tratamento precoce, seguem no ar.
YouTube amplia política contra desinformação sobre COVID-19
O vídeo do canal de Bolsonaro foi removido após o YouTube anunciar uma expansão em sua política contra desinformação sobre a pandemia de COVID-19. A plataforma promete remover vídeos que divulguem medicamentos que não têm eficácia no tratamento ou na prevenção da doença.
O serviço já proibia conteúdo com informações médicas incorretas ou que contrariam orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde) ou de autoridades de saúde locais. Os vídeos são mantidos somente se houver contexto educacional, documental, científico ou artístico.
Segundo o YouTube, 850 mil vídeos foram removidos de sua plataforma desde o início da plataforma por violarem políticas de conteúdo sobre o coronavírus. Vale lembrar que Bolsonaro já teve conteúdos removidos por desinformação no Twitter, Facebook e Instagram. Alguns posts ganharam avisos por promoverem conteúdo enganoso a respeito da COVID-19.
YouTube apaga vídeo de Bolsonaro sobre “tratamento precoce” contra COVID-19
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Fonte: https://tecnoblog.net/434460/youtube-apaga-video-de-bolsonaro-sobre-tratamento-precoce-contra-covid-19/
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