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Em assembleia realizada em Caçapava na segunda-feira (26), a entidade decidiu manter a greve contra o fechamento da fábrica. A reunião foi realizada por profissionais, em sua maioria mulheres, de três empresas que prestam serviços para a LG: Sun Tech, de São José dos Campos; Blue Tech e 3C, de Caçapava. Ao todo, as empresas têm 430 funcionários.
A paralisação de trabalhadores das empresas fornecedoras da LG ocorre desde 6 de abril. O grupo defende que, se a empresa seguir com o plano de fechar as portas, a unidade de Taubaté deve ser estatizada pelo governo federal e controlada pelos trabalhadores, que passariam a produzir celulares de marca brasileira.
“Seguimos defendendo a união entre os sindicatos e os trabalhadores da LG e de suas fornecedoras para manter os postos de trabalho em nossa região. Se a companhia mantiver sua postura de encerrar as atividades, precisamos exigir das autoridades que deixem os metalúrgicos produzirem”, afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, Weller Gonçalves.
No início de abril, ele alegou que a medida é plenamente executável. “Possuímos a tecnologia, maquinário e o capital humano com capacitação técnica necessários para desenvolvermos celulares com marca nacional”, apontou.
LG só negocia com funcionários diretos
As manifestações também envolvem a decisão da LG de não negociar com trabalhadores de suas fornecedoras. Os funcionários afirmam que Sun Tech, Blue Tech e 3C têm suas atividades voltadas para atender às demandas da sul-coreana. Com a decisão de fechar a fábrica de Taubaté, profissionais destas três empresas também seriam prejudicados.
No momento, a LG negocia sua saída somente com funcionários diretos. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau), o encerramento da produção levará à demissão de 700 trabalhadores da fábrica. O sindicato tem negociado com a empresa uma indenização aos profissionais, mas não chegou a um acordo.
A LG teve recusadas as propostas apresentadas em 12 e 19 de abril. Na mais recente, a empresa sugeriu pagar, além de verbas rescisórias, uma compensação de R$ 9.350 a R$ 51.000, de acordo com o tempo de serviço do funcionário. A medida previa ainda pontos como PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e plano médico até 31 de janeiro de 2022.
Com a decisão de rejeitar a proposta, os trabalhadores retomaram na segunda-feira (26) a greve feita de forma intercalada desde 26 de março. A LG pretende transferir sua produção de notebooks e monitores para a Zona Franca de Manaus, onde afirma que terá incentivos fiscais.
Com informações: SindMetau, SindMetalSJC.
Sindicato quer que LG Brasil seja estatizada pelo governo federal
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Fonte: https://tecnoblog.net/436463/sindicato-quer-que-lg-brasil-seja-estatizada-pelo-governo-federal/
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