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“Com base em uma avaliação completa de nossos negócios de System LSI [integração de sistemas em larga escala] e na necessidade de permanecer competitiva no mercado global, a Samsung decidiu fazer a transição de parte de nossas equipes de pesquisa e desenvolvimento nos EUA em Austin e San Jose”, diz a empresa em comunicado ao Android Authority.
As demissões ocorreram no Samsung Austin Research Center em Austin, Texas; e no Advanced Computer Lab em San Jose, Califórnia. Os 290 funcionários ficarão no cargo até 31 de dezembro.
Os dois centros de pesquisa continuarão funcionando: ainda há equipes trabalhando em chips de inteligência artificial, chips gráficos e sistemas-em-um-chip. Inclusive, vale lembrar que Samsung e AMD estão colaborando em futuras GPUs para a linha Exynos.
Samsung Exynos não conseguiu superar tecnologia da ARM
Em se tratando de CPUs, algumas empresas licenciam os designs da ARM e fazem poucas modificações, como a Huawei e a MediaTek. Outras fabricantes preferem personalizar os núcleos para atingir maior desempenho ou menor consumo de energia; é o caso da Qualcomm e sua linha Snapdragon 800 (incluindo o 855).
A Samsung se encaixava na segunda categoria: alguns processadores Exynos usam núcleos “Mongoose” com um design personalizado. Isso começou no Exynos 8890, presente no Galaxy S7, e continuou nas gerações seguintes, indo até o novo Exynos 990 — que deve aparecer em celulares high-end de 2020.
No entanto, os processadores da Samsung vêm perdendo em desempenho para a Qualcomm há algum tempo. O Galaxy S9 com Snapdragon 845 é mais rápido que o modelo com Exynos 9810; e o Galaxy S10+ com Snapdragon 855 supera a versão com Exynos 9820 em benchmarks de uso real.
Pior: os processadores Exynos têm performance inferior a processadores que seguem os designs da ARM, como a linha HiSilicon Kirin da Huawei. O consumo de energia também é maior. Ou seja, a Samsung não conseguiu se diferenciar ao personalizar os núcleos do chip, e decidiu jogar a toalha.
Há alguns anos, a Samsung disse ao AnandTech que criar núcleos personalizados é significativamente mais caro do que licenciar os designs da ARM. Afinal, é necessário fazer investimentos para alcançar e para superar o que a ARM oferece.
Analistas de mercado acreditam que, com as demissões em Austin, a Samsung vai adotar totalmente os designs de referência ARM para seus futuros processadores, em vez de personalizá-los. Isso já é feito há algum tempo nas CPUs de celulares intermediários, incluindo o futuro Exynos 980.
Com informações: AnandTech, Android Police.
Samsung desiste de criar núcleos para processadores Exynos e demite 290 pessoas
Fonte: https://tecnoblog.net/313197/samsung-desiste-criar-nucleos-cpu-processadores-exynos-demite-290-funcionarios-eua/
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