É engraçado olharmos para a relação que temos com algumas marcas e como ela vai mudando ao longo do tempo. Normalmente temos a tendência de gostar, em particular, das características de um fabricante. No entanto, por vezes, quando já estamos totalmente habituados a essa marca há muitos elementos que mudam e passamos a olhar para outras. Posso dizer que a Samsung já foi a minha marca. Mas, por mil e outros fatores afastei-me um pouco das apostas deste fabricante. Reconheço que os equipamentos da gigante coreana, especialmente no caso dos smartphones, têm dos melhores designs do mercado e gosto também bastante do software. Ainda assim, fico com a sensação que falta sempre algo. Mas a Samsung pode mudar isto.
Galaxy S11: como é que a Samsung pode ganhar a guerra?
Seja como for, esta marca tem feito um excelente trabalho a lançar equipamentos inovadores e realmente bonitos. O S8 e o S9 já eram um excelente exemplo disso. Depois veio o S10 para confirmar ainda esta tendência. No entanto, acho que a Samsung ainda precisa de um empurrão para lançar o smartphone perfeito. Ou seja, aquele em que não falta nada, ou pelo menos, quase nada. É por isso que o S11 tem de ser muito bem pensado, para poder dar uma resposta em força à concorrência. Será que o vai conseguir? Depende do que a Samsung integrar no novo equipamento.
O ecrã que o Galaxy S11 necessita
Há tendências que não podemos ignorar. Os utilizadores querem equipamentos com excelentes capacidades fotográficas, um bom ecrã e autonomia quanto baste. Ora estas têm de ser as apostas principais, embora não sejam as únicas.
Ao nível do painel uma elevada taxa de atualização é algo essencial. A OnePlus já o fez, a Google também no mais recente Pixel 4 e o mesmo sucedeu com alguns smartphones centrados em jogos. Ora a Samsung tem de embarcar esta tendência e disponibilizar o S11 com uma elevada taxa de atualização. Não precisam de ser 120Hz, mas um mínimo de 90Hz será algo obrigatório.
É que a Samsung não se pode dar ao luxo de descurar nenhuma área e o ecrã é uma das partes mais importantes dos smartphones. A qualidade do ecrã no S10, S9 e por aí fora, é indiscutível. Se juntar a isto uma elevada taxa de atualização, tudo ficará perfeito.
Ainda no ecrã, existe outro pormenor. Buracos no ecrã, monocelhas, é algo que este fabricante deveria guardar no bolso. Se têm painéis tão bons, então se puderem disponibilizar uma verdadeira experiência de ecrã total ainda melhor. Aqui existem várias opções. O Galaxy S11 poderia chegar com uma câmera pop-up, um design deslizante, ou um sistema parecido com o do Zenfone 6. Este último parece menos provável. Não é a onda da Samsung. Agora o sistema deslizante ou a câmera pop-up é uma forte possibilidade. Melhor ainda seria a câmera frontal escondida no próprio painel. Dito isto, só seria revelada quando fosse necessário tirar uma selfie. No entanto, esta tecnologia ainda não está suficientemente madura.
Câmeras que tenham realmente impacto
A Samsung tem melhorado muito ao nível das câmeras. Ainda assim e testes científicos à parte, parece que fica sempre atrás da Huawei. Não sei se é apenas mau marketing e falhas na passagem da mensagem. O que é certo, é que a Huawei faz-nos suspirar com a forma como “vende” as câmeras dos seus smartphones. A Samsung parece ficar um pouco aquém. Seja como for, a fotografia é uma característica muito importante para os utilizadores. Dito isto, o Galaxy S11 terá de apostar em excelentes sensores.
Uma configuração de câmera tripla ou quádrupla é essencial. Mas mais importante que isso serão bons sensores. Se a Samsung tem um sensor proprietário de 108 megapixéis, faz todo o sentido que o utilize no S11. A Xiaomi utiliza-o no Mi Note 10 com resultados surpreendentes. No entanto, tenho a certeza que a Samsung conseguirá fazer ainda mais magia com este sensor.
Carregamento rápido, realmente rápido
O carregamento rápido é essencial nos dias que correm. Dependemos demasiado dos nossos smartphones para nos podermos dar ao luxo de estarmos horas à espera que carreguem. Assim, o carregamento rápido tem de ser algo essencial na nova aposta da Samsung.
A família Galaxy S10 carrega apenas a 15W. A título comparativo, o topo de gama de 2018, Huawei Mate 20 Pro, carrega a 40W. Olhando para isto, concluímos facilmente que a Samsung tem de fazer melhor e até fez com o Note 10 Plus. É que este equipamento carrega a 45W, embora não com o carregador que vem incluído. Ou seja, tem de se adquirir outro.
Com o Galaxy S11 esperamos que ele consiga carregar a pelo menos 30W, idealmente 40, com o carregador que virá na caixa. São todos estes elementos que podem ajudar o utilizador a decidir no momento de comprar.
MicroSD e saída para auscultadores
É verdade que muitos podem argumentar que o slot para cartões microSD não faz falta. A razão normalmente apontada é que há a cloud. Ainda assim, na minha opinião, eles fazem sempre falta. Quer seja para um simples backup ou para termos a certeza que as nossas fotos estão realmente sempre disponíveis. Assim, será uma boa ideia manterem o leitor para cartões no S11.
Outro pormenor importante será a presença da saída para auscultadores. É verdade que há o bluetooth e adaptadores USB Tipo-C para 3,5mm. Ainda assim, se podermos ter o poder de escolha ainda melhor.
Atualizações realmente rápidas
Todos, ou quase todos, gostamos de atualizações. É por esse motivo que os diversos fabricantes travam grandes batalhas para verem quem as lança primeiro. Especialmente quando há uma nova versão de sistema operativo. A Samsung já está muito melhor neste campo, embora um pouco mais de esforço fosse bem vindo. Se a gigante coreana for realmente rápida a trazer as novas versões para os seus equipamentos, poderá ser outro ponto importante para cativar os utilizadores.
Em suma, fazer o melhor smartphone do mundo não parece algo impossível para os fabricantes. Por vezes, o que parece é que não querem lançar realmente tudo para não aumentar ainda mais o preço dos equipamentos, ou para terem algo para apresentar na próxima versão. Ainda assim, se a Samsung tiver cabecinha e fizer este all-in no próximo Galaxy S11, terá realmente tudo para abanar o mercado e para assustar a concorrência.
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