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Entre janeiro e junho de 2019, o Nubank teve receita de R$ 1 bilhão; no mesmo período do ano passado, foram R$ 503 milhões. Enquanto isso, na primeira metade de 2017, foram 236,8 milhões. Ou seja, o faturamento da empresa está quase dobrando a cada ano.
O número de clientes também cresce de forma acelerada: o Nubank adiciona quase 50 mil usuários a cada dia. No final de junho, a base era de 10 milhões; agora, dois meses depois, já são mais de 12 milhões.
A fintech também destaca que reduziu em 9% sua provisão para créditos de liquidação duvidosa; trata-se do dinheiro reservado para cobrir a inadimplência de alguns clientes. “Em outras palavras, estamos crescendo muito, mas de forma consciente, sem aumentar nosso risco”, diz o diretor financeiro Gabriel Silva em comunicado.
Não gerar lucro “é uma escolha do Nubank”
No entanto, o Nubank segue tendo prejuízo: desta vez, foram R$ 139 milhões, contra R$ 51 milhões no mesmo período de 2018 — as perdas mais que dobraram no último ano. “Isso é consequência do crescimento, e é esperado; o lucro poderia chegar amanhã se decidíssemos que este é o momento, mas não é”, explica o diretor financeiro.
“Crescer de forma sustentável e, portanto, não gerar lucro nesse momento, é uma escolha do Nubank”, diz Silva. Além disso, ele afirma que a empresa gera caixa desde 2017, ou seja, “não consome dinheiro para se manter”.
O executivo se concentra em outra métrica: trata-se do NPS (Net Promoter Score), usado para avaliar o grau de satisfação dos clientes. Primeiro, a empresa pergunta: “de 0 a 10, qual é a probabilidade de você nos recomendar a um amigo?”. Então, os usuários são divididos em três grupos: promotores (notas de 9 a 10), passivos (notas de 7 a 8) e detratores (notas de 0 a 6).
O NPS corresponde à porcentagem de “promotores” menos a porcentagem de “detratores”, e por isso varia entre -100 e 100. A pontuação do Nubank é 86.
Na primeira metade de 2019, o Nubank expandiu a função débito da NuConta; passou a testar empréstimo pessoal; abriu escritório no México, onde vai lançar um cartão de crédito sem anuidade; e inaugurou filial na Argentina.
Recentemente, a fintech foi avaliada em mais de US$ 10 bilhões após uma rodada de investimento. Desde 2013, ela levantou US$ 820 milhões de investidores. A empresa ganha dinheiro de duas formas: recebendo uma porcentagem de cada transação feita no cartão de crédito, e cobrando juros de crédito rotativo.
Com informações: Nubank.
Nubank aumenta base de clientes mas dobra prejuízo para R$ 139 milhões
Fonte: https://tecnoblog.net/304912/nubank-aumenta-base-clientes-dobra-prejuizo-1-semestre-2019/
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